domingo, 20 de fevereiro de 2011

O Retrato de Dorian Gray

Nem sei porque não tinha lido ainda!
Este foi o único romance escrito por Oscar Wilde e foi motivo de descontentamento entre os falsos moralistas da época. Um livro interessante e envolvente, que exerce um certo fascínio, desde que o li me pego pensado e falando nele,  quase sem querer. A leitura não é tão fácil, pois foi publicado em 1890, mas vale a pena conferir. O autor britânico, Oscar Wilde, expressa muitas opiniões através de seus personagens e expõe muito do comportamento humano. Este livro inspirou várias adaptações cinematográficas, a primeira em 1913 e a última no ano de 2009. A última até o momento não foi lançada no Brasil. Oscar Wilde demonstra muitas vezes um humor ácido, o que certamente contribuiu para gerar um rebuliço na sociedade da época.

O Principal personagem, Dorian Gray, é um jovem rapaz da alta sociedade, que ainda não foi tocado pelas verdades ásperas nem pelos desejos mais sórdidos na busca da felicidade. Sua beleza inspirará o trabalho de Basil Hallward, que além de fazer questão de sua amizade, parece ter captado bem mais do que a beleza de Dorian ao realizar a pintura de seu retrato.  

Durante uma ida ao ateliê de Basil, Dorian conhecerá um amigo do artista, Lord Henry, um homem de personalidade obstinadamente inquisitiva e normalmente mordaz, de quem também se tornará amigo. É a partir da eloquência de Lord Henry, que Dorian passará a ver a vida com outros olhos, percorrendo um caminho por vezes tortuoso. Tamanha é a singularidade do caráter de Dorian, que este se apaixona pela primeira vez, não simplesmente por uma mulher, mas sim pelo talento que uma atriz demonstra ao interpretar os papéis de diversas heroínas no palco do teatro.   E é com grande indiferença, que este a deixa, levando a pobre moça ao suicídio. Com isto sua alma será maculada para sempre e ele se dará conta de que o retrato feito por Basil, foi capaz de captar sua alma, que pagará por todos seus pecados enquanto ele se mantém belo e jovem.

Abaixo  a capa de uma das várias edições do livro e um cartaz antigo de uma das produções cinematográficas.

Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde

Ler é exercitar a mente

Mais do que um ato cultural, a leitura serve como instrumento para mantermos o cérebro ativo. Da infância à velhice, o hábito fortalece a memória e dá asas à imaginação.
Quando crianças, esbanjamos criatividade e imaginação. Aguçar essas características, porém, é possível em qualquer fase da vida. Através da leitura desbravamos universos e expandimos nossa cultura. “Nada se cria, tudo se copia. Quanto mais informações variadas a pessoa receber, mais criativa ela será”, aponta Maurer Martins, neurologista do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre. Mas, mais do que isso, a leitura estimula a memória. “A importância desse hábito para o cérebro é comparável à da atividade física para o organismo”, relata Maurer.
Para se manter em forma mentalmente, portanto, é necessária a prática de exercícios. A leitura, por sua vez, é o mais abrangente. Isso porque a variedade de gêneros é imensa e, independentemente do estímulo, o cérebro tenta compreender e armazenar os dados.

Estante Virtual
Todavia, os benefícios da leitura são quase que ignorados se comparados aos da praticidade. Na correria do dia a dia, pouco tempo é destinado exclusivamente ao hábito. Por isso, se desenvolveu o pensamento errôneo de que horas ao computador substituem aquelas passadas com o livros. “Para a leitura ser benéfica ao cérebro, é preciso estar atento.  Internet dificulta a concentração”, atesta Maurer Martins.

Quem quiser conferir esta matéria interessante na íntegra, pode acessar o site da Panvel Farmácias clicando aqui  e entrar na Revista SempreBem edição fevereiro/2011. Hoje ela ainda não está disponível, mas logo estará.

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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