sábado, 3 de setembro de 2011

A Guardiã da Meia-Noite

 
Imagem de Ana Fagarazzi
Alemanha, início da Segunda Guerra Mundial – Os alemães estão cada vez mais organizados e focados em um único objetivo, expurgar todos aqueles considerados impuros e indesejáveis, o que inclui os vampiros, para realizar o sonho de uma raça ariana perfeita. Ritler tem planos para invadir a Polônia e a França, a fim de expandir o território e as forças alemãs. Tudo que estiver em seu caminho deve ser subjulgado e não sendo possível, destruído. Sua ambição é maior do que qualquer coisa, e por espantoso que pareça, a maior parte da população alemã o apóia na sua total falta de respeito pela vida, ou pela morte. Um grupo menos provável, formado por vampiros, resolve que precisa fazer algo a respeito. Até mesmo eles estão revoltados diante de tão grande absurdo. Eles são vampiros, milenares que sobreviveram aos séculos e que apesar de se alimentarem dos seres humanos, não se consideram  assassinos cruéis como Ritler, afinal eles são apenas caçadores e como tais, precisam caçar e se alimentar. A guerra dificulta muito as coisas para eles e diminui seu alimento. O Tribunal Britânico dos Vampiros se reúne para decidir como agir. Eles decidem que devem se infltrar entre os alemães para descobrir o maior número de informações, a fim de alertar os países europeus sob a mira do Terceiro Reich. Brigit, Mors, Meaghan, Swefred e Cleland se dividem, cada em sua missão, mas todos seus esforços parecem dar em nada. Brigit acaba assumindo um compromisso quase impossível para um vampiro, mas por questão de honra, se empenha para que dê tudo certo. Além das grandes dificuldades e perigos que a cercam, sua angústia é ampliada pelas saudades de seu grande e único amor, Eamon. Ele não era um milenar e por decisão do Tribunal não partiu em missão com os outros vampiros. Brigit ao ser transformada em vampira, era uma grande promessa por toda a impetuosidade e força que demonstrava ainda humana, contudo faltava algo que encontrou apenas muito tempo depois, com Eamon. Eles se completavam e amavam de uma forma como todos gostariam que fosse um grande amor.

A história se desenrola boa parte do tempo durante uma viagem de trem, onde Brigit transporta uma carga muito preciosa a ser entregue na Inglaterra. Enquanto isto os anos vão mudando aleatoriamente entre os capítulos, indo e vindo do passado, exigindo bastante atenção do leitor para não se perder, mas isto deu um movimento e ritmo diferentes à história, o que achei bastante interessante. Uma leitura fácil e empolgante. Quando cheguei quase na metade, fiquei mais interessada e não consegui mais largar o livro até terminar.

Este é o romance de estréia de Sarah Jane Stratford, repleto de fatos históricos, nos levando de volta a uma época em que o horror causado por seres humanos, conseguiu superar até mesmo a ficção.

Sobre a autora

Sarah Jane Stratford nasceu no Garden State e passou seus anos de formação na cidade de Los Angeles, onde desenvolveu um grande amor pelo teatro. Mestre em História Medieval, formada pela University of York, na Inglaterra, atualmente vive em Nova York e este é seu primeiro romance. Além de escrever o próximo livro da série Milenar, também está trabalhando em peças de teatro.

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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