quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Uma Noiva para Winterborne



Lisa Kleypas

Editora Arqueiro


A resenha contém spoiler do livro anterior.

Rhys Winterborne é um homem ambicioso e tenaz, nascido em uma família humilde de origem Galês. O pai era comerciante e graças a seu próprio esforço e trabalho duro, Rhys transforma o pequeno comércio da família num império que ganha destaque e inveja na sociedade inglesa. Desprezado por muitos nobres por sua origem pobre e nacionalidade estrangeira, é um homem de negócios implacável quando se trata de proteger seus interesses e das pessoas de quem gosta. Por outro lado, um homem justo nas suas relações de trabalho, bem como capaz de arriscar a própria vida para salvar um inocente. Ele não aceita nada menos do que o melhor. Acolhido na casa da família Ravanel para ser cuidado após um acidente, tem por enfermeira a própria Lady Helen Ravanel. Uma bela jovem tímida e sensível, inexperiente com os homens e cuja vislumbre de uma relação se baseia na leitura de romances. Nos dias que se seguem, Rhys decide que ela será sua e fará o que for necessário para tê-la. No seu frenesi de homem viril, Ryhs assusta a jovem o que acaba sendo interpretado erroneamente por ele como desprezo e no primeiro volume da série, Ryhs decide encerrar o noivado.

No início deste segundo volume, apesar de sua inocência e timidez, a sedução perseverante de Rhys havia despertado em Helen sentimentos que desconhecia e dos quais não queria abrir mão, o que a leva a procura-lo numa tentativa de reatar o noivado.


"O Sr. Winterborne era espantosamente belo, não à maneira dos príncipes de contos de fadas, mas com uma masculinidade inflexivel que mexia com os nervos de Helen. Os traços do rosto dele eram arrojados, com um nariz bem definido e lábios cheios e delineados. Sua pele não mostrava a palidez da moda, mas um tom moreno, rico e quente, e os cabelos eram negros como carvão. Não havia nada do relaxamento aristocrático nele, nenhum toque de graça lânguida. O Sr. Winterborne era sofisticado e muito inteligente, mas havia algo selvagem nele. Uma sugestão de perigo, um fogo que parecia arder sob a superfície."

Demonstrando que sua encantadora aparência delicada, escondia uma Helen forte e decidida, ela faz uma proposta para Ryhs e, arriscando tudo e contrariando a vida calma e tranquila que conhece, Helen decide mudar o seu destino previsível se entregando a esta paixão de corpo e alma. Quando tudo parecia estar indo bem, por obra do acaso, ao separar alguns móveis e livros para sua nova casa, se depara com uma carta muito antiga que pertencera à mãe já falecida. Um segredo sombrio sobre sua família é desvendado e seus sonhos parecem ruir diante daquelas palavras. Temendo que esta descoberta venha a destruir seu futuro junto a Rhys, Helen tenta se preparar para o pior. 


Este é o segundo volume da coleção Os Ravenels e eu não li o primeiro volume, mas achei tranquilo começar pelo volume II. Uma trama recheada de diálogos bem-humorados e cenas sensuais e românticas. A cada novo encontro de Ryhs Winterborne e Lady Helen Ravanel, fica mais difícil largar o livro. Cenas picantes recheiam este romance leve e de fácil leitura. Uma obra excelente para passar o tempo. Confesso que nas primeiras páginas me fez lembrar daqueles romances antigos que eram vendidos nas bancas de jornal, o que me deixou um pouco desmotivada, mas é inegável o magnetismo que exerce a cada página.


Abraço
Jade

Paulo R. Gaefke


“A vida é uma tela com pequenos rabiscos, onde criamos o céu ou o inferno, de acordo com as tintas que usamos…”


Amendoeira em Flor de Van Gogh

Vai, deixa de tristeza e deixa o sonho te levantar,
acredite que é possível ainda hoje uma virada,
acredite que tudo foi apenas um engano,
mantenha a rota do seu barco da vida,
não desista novamente,
as pedras são apenas restos que a chuva trouxe…


Amar, viver, sonhar, acreditar, lutar e até o chorar,
são fases que compõem o grande quadro chamado vida,
onde a tela é a sua história,
as tintas são as pessoas que passam por ela,
mas, o pintor, o responsável pela obra é sempre você.

Parte do quadro Girassóis, de Gustave Caillebotte
Haja o que houver, aconteça o que acontecer,
o pincel que mistura as cores,
que dá forma ao que vai surgir na tela,
que cria e apaga situações e imagens,
ainda está na sua mão.

É você quem pode criar agora, uma estrada florida,
ou o caminho escuro das incertezas e dúvidas.
Já que você é o autor, o pintor dessa tela chamada vida,
comece pintando um sorriso,
que é o sinal que representa a esperança, a renovação,
símbolo dos que não desistem nunca de ser feliz,
e ser feliz exige criatividade, esforço e dedicação.

Se tudo deu errado até aqui, passe tinta branca em toda a tela e recomece,
hoje é o dia perfeito para uma nova pintura…

Paulo Roberto Gaefke


Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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