domingo, 12 de agosto de 2012

O Mundo de Sofia


“A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos. Não se pode aprender filosofia e sim a pensar filosoficamente”.
Jostein  Gaardner


Sofia Amundsen voltava da escola para casa. Percorrera a primeira parte do caminho em companhia de Jorunn, sua colega de classe.[...] Era um dos primeiros dias de maio. Em alguns jardins, densas coroas de narcisos floriam sob as árvores de frutas.[...] Sofia olhou a caixa de correio, antes de abrir o portão do jardim. [...]

Em geral havia ali folhetos de propaganda e envelopes para sua mãe, mas naquele dia encontrou algo inusitado, uma pequena carta endereçada à Sofia Amundsen, sem remetente ou selo postal. Dentro dele apenas uma pergunta: Quem é você?
Mas seria esta uma pergunta de fácil resposta? Será que estamos preparados para pensar de forma clara e concisa sobre quem somos? Sofia se esforça pensando no assunto e neste processo outras perguntas se formam em sua mente: Vivo hoje mas um dia terei desaparecido; será que havia uma vida após a morte?
Neste meio tempo Sofia resolve conferir novamente a caixa de correio, e estremece da cabeça aos pés ao descobrir outro envelope misterioso como o primeiro. Abriu-o ansiosa e neste continha a seguinte pergunta: De onde vem o mundo?
Ela não fazia  a menor idéia.

É assim que inicia esta obra singular. Um romance que nos leva a acompanhar os passos de Sofia e seu curso de filosofia inteiramente grátis, portanto sem direito à devolução de dinheiro. Seu professor, Alberto Knox, um homem misterioso e culto, passa a ensinar filosofia à Sofia e ao leitor atento que percorre página por página deste interessante livro. Assim como a boa comida, cada nova lição deve ser saboreada e digerida, à medida que a história da filosofia mundial se desenvolve diante de nossos olhos. Este estudo vai desde os pré-socráticos até os pós-modernos, dentro de um contexto histórico que nos leva a meditar sobre o mundo em que vivemos.

Um excelente trabalho, uma obra que vale a pena ser conferida.

Nos consideramos diferentes do restante da natureza porque pensamos e somos conscientes de nossa existência. Mas será que realmente sabemos algo, ou somos apenas grandes especuladores da verdade, buscando respostas para questões elementares e ao mesmo tempo vitais? Mas então me pergunto também, será tão importante assim esta busca incessante de nossa origem no mundo ou apenas uma forma de se distanciar da grande verdade imediata, e da qual a maioria de nós prefere esquecer? O que importa mais, nossa origem ou o que fazemos agora, neste momento? Enquanto eu por exemplo publico este post, tantos outros “seres humanos conscientes”, passam necessidade de itens básicos como comida, teto, educação e afeto...
A natureza INCONSCIENTE?! Assim vemos os demais seres vivos, mas serão eles assim tão inconscientes ou talvez sejamos nós que vivemos à margem da sabedoria que encerra em cada um deles?

Deixo estes pensamentos para vocês refletirem.

Abraços
Jade

“Se existe amor, há também esperança de existirem verdadeiras famílias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se não há mais amor dentro de você, se você continua a ver os outros como inimigos, não importa o conhecimento ou o nível de instrução que você tenha, não importa o progresso material que alcance, só haverá sofrimento e confusão no cômputo final. O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens, mas insultar ou maltratar os outros é algo sem propósito. O fundamento de toda prática espiritual é o amor. Que você o pratique bem é meu único pedido”. 
Dalai Lama

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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