sábado, 27 de março de 2010

A Noviça e o Faraó

A extraordinária história de Omm Sety é uma obra literária biográfica sobre a vida de Dorothy Louise Eady(1904 – 1981), popularmente conhecida como Omm Sety (mãe de sety), escrita por Hermínio Correa de Miranda em 2007.
Este livro não se trata da biografia completa de Omm Sety, mas traz parte da biografia, escrita pelo jornalista Jonathan Cott, com a análise feita por Hermínio Miranda, espírita, (cheio de notas, explicações suplementares e capítulos de leituras complementares).
Dorothy Eady, nasceu na Inglaterra em 1904. Aos três anos de idade sofreu um acidente em casa, caindo da escada, o que mudaria sua vida para sempre. A menina dada como morta pelo médico, voltou a vida e desde então passou a se comportar de modo diferente, dizendo que a casa de seus pais não era a sua. Quando perguntado à mesma onde seria sua casa, esta confusa não sabe o que responder. Mais tarde ao acompanhar os pais numa visita ao Museu local, ao passar pela seção da cultura Egípcia, diz que aquela é a sua gente e se recusa a sair do local, falando com uma voz que não é a de uma criança. A partir de então seu interesse é todo focado na cultura Egípcia. Os pais transtornados não compreendem o que se passa, e levam a menina ao longo dos anos em psicólogos, sem, contudo chegar a conclusão nenhuma. Aos 14 anos de idade, a menina acorda certa noite com o espírito materializado do Faraó Seti I em sua cama, acordando também sua mãe com seus gritos. Provavelmente pela dificuldade de se interessar por algo não relacionado ao Antigo Egito, deixa de estudar cedo, não obtendo nenhuma formação. Anos mais tarde se casa e vai morar no Egito, porém as visitas de Seti I aumentam, sendo até presenciadas por duas pessoas da família. Dotada de poderes mediúnicos, é visitada por antigo sacerdote do faraó Seti, que lhe dita sua história, a 3.000 anos atrás, quando se chamava Bentreshit, uma bela e jovem sacerdotisa do Templo de Osíris e Isis, em Abidos, quando acabou sendo amante do Faraó Seti I, quebrando seu voto de castidade como vestal, o que a leva a cometer o suicídio, para não comprometer seu grande amor. Na vida atual, casada, tem um filho a quem dá o nome de Sety, por este motivo ganha o codinome “Omm Sety” (mãe de sety). Ao final de seu casamento, passa a trabalhar no Templo de Osíris e Isis, se tornando uma reconhecida desenhista, pesquisadora, escritora e egiptóloga (notem que não concluiu nem o ensino médio), o que a torna mais surpreendente ainda. Ao final do livro o Autor Hermínio Miranda comenta a pesquisa feita pelo biógrafo e as opiniões de alguns psicólogos e estudiosos sobre o caso Omm Sety, mas a maioria procura manter certa distância da teoria da reencarnação, que na opinião de Miranda explicaria o caso. A história pessoal de Omm Sety é deveras interessante, mas confesso que eu mesma não creio plenamente em reencarnação, portanto achei o final do livro um tanto monótono.

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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