sábado, 7 de maio de 2011

O Historiador



O Ano é 1972 e uma jovem de 16 anos, órfã de mãe, se dedica obedientemente aos estudos enquanto seu pai viaja pela Europa em missões diplomáticas. Durante uma dessas ausências a jovem encontra na biblioteca de casa, um livro muito antigo e um envelope cheio de papéis amarelados pelo tempo. Não podendo conter sua curiosidade, ela abre o primeiro documento da pilha, datado de 12 de dezembro de 1930, que se inicia... Meu caro e desventurado sucessor... Alguns dias se passam até que possa conversar com seu pai e, quando surge a oportunidade, ela aproveita o momento para insistir que desejava acompanhá-lo em sua próxima viagem. Eles viajam para uma cidade chamada Emona, onde consegue reunir coragem, pedindo ao pai para lhe contar sobre a história daquelas estranhas cartas e do curioso livro de capa de couro macio, que trazia dentro apenas uma xilogravura com a imagem de um dragão de asas abertas e uma comprida cauda enrolada. E assim Paul começa a contar para a filha, sobre uma noite de primavera em que se deparou com o livro sobre a mesa e de como procurou seu mentor e amigo, o professor Rossi, que a seguir sumiu misteriosamente, deixando-lhe aqueles papéis e uma história perturbadora. Rossi  lhe revela que recebeu um livro igual aquele a alguns anos, o que o levou a viajar pela Romênia e Bulgária, onde encontrou alguns documentos muito antigos sobre o século XV, que o levaram a crer que o príncipe Vlad Tepes, ainda vivia. À medida que Paul conta sobre o conteúdo das cartas para a filha, a história retrocede nesse passado recente, quando Paul motivado pelo desejo de encontrar o amigo e também descobrir mais sobre aquele livro, acaba por conhecer a ex-mulher, Helen, que o acompanha nesta louca jornada, viajando pela Bulgária e Romênia, entrando e saindo de bibliotecas e mosteiros, juntando fragmentos da história de Vlad Tepes, o “Empalador” da Valáquia, que originou o tão famoso  livro de Bram Stoker “Conde Drácula”.

Muito bom o livro, principalmente para quem aprecia um fundo histórico, mas devo alertar que o suspense e o terror são em doses homeopáticas, portanto não deve ser lido contando com isto. Devido à riqueza de detalhes, é fácil mergulhar na história, porém, em minha opinião o final deixou a desejar. É um livro extenso, são 541 páginas, e logo no final, que seria a parte em que a autora poderia ter investido mais, foi simplista.

Abaixo algumas fotos dos lugares percorridos pelos personagens, para ir entrando no clima...rsrs.



Sobre a autora
 A americana Elizabeth Kostova formou-se na Universidade de Yale e fez mestrado na Universidade de Michigan, onde ganhou o prêmio Hopwood de melhor romance em andamento. O Historiador é resultado de dez anos de pesquisa e de uma vida inteira de imaginação – desde a infância, quando seu pai lhe contava histórias sobre o Conde Drácula, Kostova sonhava escrever um livro como este.

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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