sábado, 12 de março de 2011

Vinte Mil Léguas Submarinas

Corria o ano de 1966 e inesperadamente o mundo foi abalado por acontecimento fantástico, fenômeno inexplicável. Vários navios e embarcações haviam cruzado caminho no mar com uma coisa enorme e não identificada. Era longo, fusiforme e às vezes fosforescente, infinitamente maior e mais veloz que uma baleia. Muitas especulações foram lançadas à público, mas não elucidavam do que se tratava. Em início de 1867, quando o assunto parecia encerrado, novos fatos preocuparam os continentes. Navio com vários passageiros à bordo, vindos do Canadá, havia colidido com algo inexplicável, quase afundando. A partir de um segundo incidente, todo sinistro ocorrido no mar e de causa desconhecida, era atribuído ao monstro. Visando garantir a segurança marítima, o governo dos Estados Unidos decidiu lançar o navio Abraão Lincoln em perseguição do monstro, que supunham ser um enorme narval (um cetáceo de grande porte com um dente incisivo que se projeta como um chifre).

O Sr. Aronnax, professor adjunto no Museu de História Natural, de Paris, foi convidado a fazer parte deste empreendimento, aceitando o convite e levando com sigo seu fiel assistente e criado, Conselho. À bordo do navio, toda a tripulação estava desejosa de encontrar e dar cabo do narval que vinha trazendo perigo aos mares. Todos observavam as águas com extremo interesse, mas decorridos alguns meses e não havendo nenhum sinal do temido narval, os homens aos poucos iam perdendo o ânimo. Diante do descontentamento dos tripulantes, o capitão Farragut decidiu que procurariam ainda por três dias e findo esse prazo, caso o monstro não aparecesse, voltariam à terra firme.  Nos dias que se seguiram, em meio ao silêncio geral, ouviu-se um grito do marinheiro Ned Land, que avistara o narval, dando o alarme. O navio saiu em perseguição que durou dias, e quando finalmente conseguiram se aproximar, um choque medonho fez com que três homens caíssem ao mar, Aronnax, Conselho e Ned Land, que se viram lançados à própria sorte e sobre o temido monstro, que com extremo espanto tratava-se não de um animal, mas sim de obra de engenharia humana. Recolhidos ao seu interior, viram que se tratava de um submarino jamais pensado e que seu Capitão e criador, Nemo, assim como sua tripulação, viviam de maneira isolada sem nunca descer à terra, tirando tudo de que necessitavam dos mares. Por obra do acaso, eles três também haviam sido destinados ao confinamento, pois o Capitão Nemo jamais deixaria saírem do Náutilo.

Acredito que a maioria das pessoas já tenha no mínimo ouvido falar desta obra literária, que até hoje gera muita polêmica e encantamento, visto que Júlio Verne concebeu com sua imaginação, tecnologia e natureza que ainda eram desconhecidas naquela época. Podemos dizer que o autor foi um visionário ao escrever sobre as aventuras do Capitão Nemo no seu submarino Náutilo.
Eu mesma o li por esses motivos, mas a narrativa muitas vezes se torna cansativa, pois menciona termos náuticos e nomes de espécimes marinhos demais, dificultando o entrosamento com a história.



Sobre o Autor
Júlio Verne nasceu em Nantes, França, em 1828. Dramaturgo, em 1850, sua primeira peça foi levada ao teatro, pelas mãos de Alexandre Dumas. Ajudado por outros amigos, conseguiu um emprego no Teatro Lírico, depois publicando o conto “Uma viagem em balão” na revista infantil “Le Musée des Familles”. 'Cinco semanas num balão', romance inspirado nesse conto, foi lançado em 1863, sendo bem recebido pelo público. Foi autor de cerca de cem livros e um dos escritores mais influentes de sua época. São dele, entre outros: 'Aventuras do capitão Hatteras', 'Viagem ao centro da Terra', 'Da Terra à Lua', 'Os filhos do capitão Grant', 'Vinte mil léguas submarinas', 'À roda da Lua', 'A volta ao mundo em oitenta dias' - um dos maiores sucessos editoriais do século XIX - , 'O doutor Ox', 'Miguel Strogoff'. Faleceu em 1905.

O romancista francês Júlio Verne conseguiu 'profetizar' muitos avanços científicos - o submarino, a televisão, viagens espaciais. Embora a obra de Verne se dirigisse basicamente a um público juvenil e popular, a crítica moderna realça a enigmática beleza de muitos de seus romances. Curiosamente, Verne nunca saiu da França, embora seus relatos narrassem, com exatidão, as mais distantes regiões do planeta. Ele uniu ao vigor narrativo sua convicção no progresso da humanidade. 'Vinte mil léguas submarinas' (1870), um dos seus mais conhecidos romances, pertence ao ciclo das 'Voyages' e conta as incríveis aventuras do capitão Nemo a bordo do submarino Náutilo.
 (texto extraído do site da livraria Cultura www.livrariacultura.com.br)

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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