domingo, 14 de abril de 2013

Êxtase

Êxtase
Lauren Kate
Editora Galera

Luce e Daniel mais do que nunca terão que estar unidos e dispostos a quebrar a maldição que os separa a eras. Este amor tão belo e praticamente improvável de ser vivido vai muito além do que poderíamos esperar, mais do que suas próprias vidas. Lúcifer enganou Luce para tentar fazê-la matar sua própria alma, mas este plano falhou e ele decide mudar toda a existência do mundo. Como uma última e grande cartada, ele resolve voltar até o dia da queda dos anjos, que segundo relatos durou nove dias, e é deste mesmo tempo que nossos heróis e seus amigos dispõem para tentar impedi-lo. Eles conseguem fazer uma aliança com os Párias, que resolvem ajuda-los nesta corrida contra o tempo, porém a balança também decide interferir, e acaba retardando sua jornada. O prazo deles é curto e ainda precisam encontrar três relíquias antiquíssimas e fundamentais para saber o local exato da queda. Nenhum dos anjos havia andado pela terra antes daquele momento, e por anos vagaram sem saber quem ou o que eram tão pouco se lembravam do local. Luce tinha conhecimento de que tudo havia começado por uma escolha, mas o que ela não lembrava era de quem realmente era, mas isto ninguém poderia lhe revelar. Depois de assistir a tantas vidas passadas e o momento fugas em que sua alma havia deixado seu corpo mortal, ela estava mais forte e se aproximava o momento em que suas lembranças fariam toda a diferença. Será que era chegada a ora em que este amor finalmente poderia ser vivido em toda sua plenitude? 

Último livro da série Fallen. A capa, maravilhosa como sempre. Uma boa leitura e de fácil compreensão, um texto leve e ótimo para desanuviar as ideias depois de um dia de trabalho. Faz o tipo água com açúcar, para quem curte uma leitura desse gênero é uma ótima opção.

 
Abraço
Jade 

domingo, 7 de abril de 2013

O Cemitério de Praga


[...]...Sempre conheci pessoas que temiam o complô de algum inimigo oculto – Os judeus para vovô, os maçons para os jesuítas, os jesuítas para meu pai garibaldino, os carbonários para os reis de meia Europa, o rei fomentado pelos padres para meus colegas mazzinianos, os Iluminados da Baviera para as polícias de meio mundo – e, pronto, quem sabe quanta gente existe por aí que pensa estar ameaçada por uma conspiração...[...] 

O Cemitério de Praga
Umberto Eco
Editora Record

Nosso personagem central, Simone Simonini, um homem inescrupuloso de mil facetas, cujo avô lhe incutiu o ódio pelos Judeus, acorda desmemoriado numa manhã cinzenta de março de 1897, sem saber ao certo quem é quem ama ou quem odeia. Ironicamente, por sugestão de um Doutor judeu, inicia um diário onde digamos, coloca sua alma a nu, para de alguma forma achar em sua mente o fio de meada que lhe escapava para restaurar a memória. Porém, ao iniciar este processo, ele descobre em seu apartamento uma passagem escura, por onde pode acessar outro cômodo contiguo ao seu, onde os móveis e objetos denunciavam a presença de um eclesiástico. Porque havia encontrado naquele corredor trajes os mais diversos, de camponês, de carteiro, de soldado? Sua própria casa lhe era estranha. Também havia encontrado perucas e estojos de maquiagem, sendo que ele usava barba e bigode postiços, que tão naturalmente havia retirado ao retornar da rua naquela manhã. Quem era esta outra pessoa, seria ele mesmo? Sua cabeça rodopiava sem ver sentido naquilo tudo e a única coisa que lhe parecia sensata naquele momento, era seguir com seu diário, pois à medida que escrevia as lembranças iam fluindo quase que automaticamente. Assim a história retrocede com o personagem até sua infância, avançando e retornando alternadamente, pois além dele, outra pessoa escrevia tentando reaver o passado. O abade Dalla Piccola. A partir daí Simonini passa a trilhar os anos vividos junto do avô e depois da morte deste, sua iniciação no mundo dos falsários. Seu sucesso como falsificador lhe rende lucros e a chance de trabalhar para o serviço secreto do governo. No ano de 1860 é enviado à Palermo para acompanhar de perto a expedição Garibaldina. Sua missão é debilitar a confiança atribuída à administração revolucionária de modo que seja possível uma intervenção Piemontesa. Porém os serviços secretos não consideram seu desempenho satisfatório, enviando ele para a França a fim de não ser reconhecido e arrolado em alguma investigação sobre as tramas de que tomou parte na Itália. Já instalado em Paris, Simonini se torna informante de uma agência francesa, recebendo algumas missões. Em 1865 faz um trabalho para o governo russo, que envolve o recolhimento de “documentos”, digamos, comprometedores sobre judeus. Simonini extravasa seu rancor e aversão pelo povo judeu, vendo nesta nova missão a chance de criar um documento que ficaria para a posteridade e do qual poderia se orgulhar. E assim nasce uma conspiração hebraica, envolvendo reuniões macabras na calada da noite, num cemitério de Praga. Porém jamais nosso personagem imaginaria as proporções que isto tomaria.    Ao longo do resgate de sua própria vida, mais do que apenas lembranças perdidas, Simonini encontra corpos na fossa abaixo do prédio onde mora, e um passado nada honroso para recordar, mas a esta altura não se importa mais, nunca se importou na verdade.

(texto extraído da Wikipédia)
O cemitério Judeu de Praga fica em Josefov (literalmente “de Josef”), antigo bairro judeu de Praga, República Checa. Ele teria sido o local secreto das reuniões conspiratórias dos “Anciãos do Sião”, local onde os Os Protocolos dos Sábios de Sião, um plano sionista para dominar o mundo (Nova Ordem Mundial (teoria conspiratória), foram criados. Essa informação foi mencionada pela primeira vez em 1868, no romance “Biarritz” de Hermann Goedsche, o qual possivelmente inspirou a polícia secreta da Rússia Czarista a criar Os Protocolos dos Sábios de Sião para incentivar o antissemitismo na Rússia. Assim, os “Protocolos” passaram a ter vida própria e foram considerados como autênticos e verdadeiros por pessoas como Adolf Hitler ae muitos outros inimigos dos judeus. A obra de Umberto Eco O Cemitério de Praga se refere a este especto.


Acredito que muitas pessoas como eu devam ter visto o filme “O Nome da Rosa” que se baseia num livro deste mesmo escritor, Umberto Eco. Quem gostou do filme, e que também curte uma boa leitura, muito provavelmente pensou em ler o Cemitério de Praga. Eu tinha aquela expectativa de que o livro sempre é melhor que o filme então por tabela pensei que esta seria uma ótima leitura. O livro é bom, não me entendam mal, porém o excesso de informações, personagens e as alternâncias entre passado e presente, tornaram o livro cansativo. Muitas vezes tinha que reler meia página antes de prosseguir na leitura no dia seguinte. É uma obra rica em informação e história, como o famoso caso Dreyfus além do próprio tema central, mas poderia ser mais envolvente.

Abraço
Jade

Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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