segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O Secretário Italiano


Ruínas da Abadia de  Holyroodhouse 

Sherlock Holmes está de volta, sob nova direção...

Caleb Carr
Editora Record

Caleb Carr contou com a autorização dos herdeiros de Arthur Conan Doyle, autor original da série sobre o detetive inglês mais conhecido da história, para nos brindar com mais uma aventura desse brilhante personagem que tanto inspirou a sétima arte.

Sherlock Holmes recebe um telegrama do irmão, Mycroft: ESTOU NO ESPECIAL DA PALL MALL 8 – “O SOL É MUITO ARDENTE, O CÉU SE ENCHE DE ÁGUIAS FAMILIARES” – LEIA MCKAY E SINCLAIR, OBRAS REUNIDAS – MANTENHA O SR. WEBLEY POR PERTO; MANDE LER SUA MÃO, POR PROTEÇÃO – UM PAR DE LEITOS ESTÁ RESERVADO NO CALEDÔNIA – MEU ANTIGO ARRENDATÁRIO FICARÁ LADO A LADO EM QUARENTENA.

Contendo mais informações nas entre linhas do que no documento propriamente dito, a misteriosa mensagem guia Sherlock Holmes e o Dr. Watson para mais uma aventura na Escócia, onde o Palácio de Holyroodhouse recentemente foi o palco de terríveis “acidentes”. Outrora uma antiga abadia, posteriormente uma morada medieval de reis escoceses, mais famoso por ter sido o lar preferido de Maria, rainha dos escoceses, Holyroodhouse já passara por algumas reformas, contudo a ala oeste havia sido entregue ao capricho do tempo. A Rainha Vitória resolvera dar um novo sopro de vida para esta secção do Palácio, mas as obras foram interrompidas pelas “estranhas” mortes do arquiteto responsável pelo empreendimento, bem como do seu capataz.

Palacio de Holyroodhouse  Edimburgo / Escocia
Os dois partem imediatamente para a Escócia, colhendo pistas que podem colocar em risco suas vidas, e que levam Holmes a temer pela vida do próprio irmão. As mortes podem ser os elementos-chave de uma estratégia muito mais sofisticada e maligna contra a vida da rainha. Por outro lado, paira sobre o local dos crimes a indelével presença de forças obscuras cujos moradores atribuem ao infame assassinato de David Rizzio (o secretário italiano da rainha Maria Stuart da Escócia), morto na presença da própria Maria em 09 de março de 1565.
Seriam estes homicídios resultado de um crime ocorrido a quase trezentos anos, e David Rizzio, na condição de espírito vingador, o responsável por eles?


Confesso que nunca li as obras de Arthur Conan Doyle e portanto não posso fazer a comparação entres as escritas, mas posso afirmar que O Secretário Italiano foi uma ótima leitura e quem ler não irá se arrepender.

Achei interessante postar junto a Biografia de Arthur Conan Doyle, cujas obras até hoje reverberam na literatura, especialmente pela criação de um personagem tão singular, perspicaz e maniático, que por isto mesmo se tornou único e inesquecível.

Arthur Conan Doyle (1859-1903) foi um escritor e médico britânico, autor das histórias do imortal detetive Sherlock Holmes.

Arthur Ignatius Conan Doyle nasceu em Edimburgo, Escócia, no dia 22 de maio de 1859. Estudou no Colégio Stonyhurst, onde concluiu o colegial em 1875.  Em 1876 ingressou na Universidade de Edimburgo concluindo o curso de Medicina em 1881. Entre 1882 e 1890 exerceu a profissão em Southsea, Inglaterra.

Ainda estudante, Conan começou a escrever pequenas histórias. Em 1887 publicou na revista de bolso Beeton’s Christmas Annual, a história “Study in Scarlate” (Um Estudo em Vermelho), que se converteria no primeiro dos 60 outros contos em que aparece um dos detetives literários mais famosos de todos os tempos, “Sherlock Holmes”.

Em fevereiro de 1890, Conan Doyle teve sua segunda história intitulada “The Signo of the Four” (O Signo dos Quatro), publicada na revista Lipincott’s Magazine. O sucesso dos contos de Arthur Conan Doyle teve início em julho de 1891, quando a revista Strand Magazine publicou “A Scandal in Bohemia” (Um Escândalo na Boêmia). Outra criação de grande destaque em suas histórias é o doutor “Watson”, um médico leal, porém intelectualmente lerdo que acompanha Sherlock e escreve suas aventuras.

Em 1893 Arthur Conan Doyle publicou “The Final Problem” (O Problema Final), quando resolveu matar o detetive Holmes, junto com seu inimigo mortal, o vilão Moriarty, mas as manifestações de desagrado e a pressão de seus leitores fez o escritor trazer de volta o detetive na história “A Casa Vazia”, com a explicação de que apenas Moriarty havia caído nas Cataratas de Reichenbach. O conto foi publicado originalmente no livro “A Volta de Sherlock Holmes” (1905).

Após a morte de seu filho mais velho nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, Arthur Conan sofreu uma crise existencial e encontrou consolo no espiritismo. Decidiu então difundir sua crença com a publicação das obras: “A Nova Revelação” (1918), “A Chegada das Fadas” (1921) e “A História dos Espíritos”.

O grande sucesso dos contos de Sherlock Holmes levou o escritor Arthur Conan Doyle a publicar suas fascinantes histórias ao longo de quarenta anos e continua a despertar o interesse de jovens e adultos de tal forma que o seu endereço fictício – 221B, Baker Street, Londres, abriga hoje o museu do ilustre detetive, atraindo um grande número de visitantes de várias partes do mundo.

Em 1902, o rei Eduardo VII concedeu a Doyle o título de Sir pela publicação de diversos artigos a favor de seu país na guerra dos bôeres e o livro “A Guerra na África do Sul” (1900). O autor publicou também seis volumes da obra “The British Compaign in Flanders” (1916-1919).


Arthur Conan Doyle faleceu em Crowborough, Inglaterra, no dia 7 de julho de 1930.

Abraço
Jade.

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Imagem de Mariana Britto
Sigo andando a passos largos...
...sem rumo e sem destino, apenas observando o que se passa e o que passou, o conhecimento traz prazer mas também traz dor.
Jade

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